Qual a importância da alcalinidade da piscina?

Ter uma piscina em casa é sinônimo de lazer e diversão. O mesmo vale para as áreas de lazer de hotéis, clubes e resorts. Em todos estes casos, é necessário tomar uma série de cuidados para mantê-la. Entre os aspectos que merecem uma atenção especial está a alcalinidade. Ela é essencial para garantir a saúde dos banhistas e a vida útil dos componentes e equipamentos do local.

Mas você sabe o que a alcalinidade significa e como fazer as medições e a correção dos seus níveis? Se possui alguma dúvida sobre qual a importância da alcalinidade da piscina, acompanhe as nossas dicas por aqui. Com esta leitura, você encontrará essas e outras informações que o ajudarão a deixar sua piscina pronta para receber os banhistas em qualquer época do ano!

O que é alcalinidade?

Antes de falar da importância de se controlar a alcalinidade da piscina, primeiro vamos esclarecer o que é essa tal de alcalinidade. Podemos definir a alcalinidade como a capacidade que a piscina tem de neutralizar ácidos, consequentemente, manter seu pH estável. É um parâmetro de capacidade e não de intensidade (como o pH). Isto explica o porquê de uma piscina ter o pH neutro e ainda assim ter a alcalinidade alta ou baixa.

A alcalinidade total é uma medida de todas as substâncias alcalinas dissolvidas na água. Podemos chamar de sais minerais, dentre elas, hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, além de outros. Estas substâncias alcalinas tamponam o pH na água neutralizando os ácidos. A alcalinidade total é medida em partes por milhão (ppm) e a faixa ideal é de 80-120 ppm.

Qual a importância da alcalinidade da piscina?

Apesar de todos os parâmetros influenciarem no equilíbrio químico da água e no conforto dos banhistas, deve-se dar atenção especial à alcalinidade, que quando mantida na faixa considerada ideal, proporciona a estabilidade do pH, dispensando correções frequentes, o que gera economia e maior praticidade.

O controle do pH é importante para a manutenção da qualidade da água da piscina, inclusive porque o pH determina a eficácia da ação do cloro. Isso mostra o quão primordial é ter os níveis certos de alcalinidade na água, porque isso ajuda a manter o pH regulado.

A análise da alcalinidade pode ser realizada através de um Kit Teste de Alcalinidade ou com a Fita Teste. Se for utilizar o kit, é importante seguir as instruções do fabricante. Para o teste com a fita, basta mergulhá-la na piscina a uma profundidade de 40 cm e deixar agir por 15 segundos. Depois, é só verificar os resultados de alcalinidade e pH de acordo com o que aparece nas instruções da embalagem.

Já vimos que a alcalinidade está diretamente associada ao pH, certo? Mas, afinal, como ajustar este parâmetro tão importante?

Ajustes

Você geralmente vai encontrar a alcalinidade da piscina desajustada para baixo – assim como no caso do pH. Isto porque a alcalinidade normalmente tende a descer. Se isto acontecer, e ela estiver abaixo de 80 ppm, será necessário utilizar o elevador de alcalinidade (também chamado de estabilizador de pH ou pH Estável), que eleva a alcalinidade, estabilizando o pH.

Caso a alcalinidade esteja alta, ultrapassando 200 ppm, entra em cena o redutor de pH e alcalinidade. Mas fique atento para que esta correção aconteça somente nos casos em que os valores estejam acima de 200ppm, pois a redução espontânea dos níveis é uma realidade e depende de alguns outros fatores.

O que acontece se a alcalinidade da piscina estiver baixa?

Caso a água apresente um pH menor que 7,0 após os testes, ela está abaixo do ideal para uso. Entre os principais efeitos para a piscina podemos destacar a ação mais corrosiva da água — que prejudica com rapidez os componentes metálicos da piscina, e a inibição das qualidades sanitizantes dos produtos de limpeza utilizados.

Além disso, abaixo listamos os principais problemas que costumam surgir com níveis de alcalinidade baixos:

  • a água tende a ficar turva;
  • água assume facilmente uma tonalidade verde, mesmo estando translúcida;
  • a água tem facilidade para ficar opaca, perder o brilho;
  • o pH da piscina tende a variar demais, aumentando o número de correções e consequentemente o custo do tratamento; e
  • o cloro tende a perder o seu efeito algicida devido a fácil alteração do pH, podendo tomar um aspecto esverdeado.

Para os usuários da piscina, por sua vez, as consequências não diferem tanto de quando o pH está acima dos parâmetros ideias, podendo causar:

  • irritação nas mucosas e nos olhos;
  • coceiras sobre a pele; e
  • cabelo duro e ressecado.

O que acontece se a alcalinidade da piscina estiver alta?

Com a alcalinidade em níveis elevados, as seguintes situações podem aparecer:

  • turbidez da água;
  • água opaca;
  • formação de incrustações nas tubulações da piscina; e
  • gasto excessivo com produtos químicos.

Para os banhistas, os efeitos se destacam mais na superfície da pele e nos cabelos. No primeiro caso, o sintoma mais comum é a coceira em todas as partes — que pode ser leve ou moderada, incomodando os banhistas.

Além disso, os cabelos secos e danificados também podem ser um problema quando a água está com o seu pH elevado. E os olhos, por fim, que ficam irritadiços quando ocorre esse desequilíbrio nos valores ideais da água.

A alcalinidade e pH possuem unidades de medidas distintas. Uma é o conjunto de alguns sais que a água tem concentrada, enquanto o pH é o potencial de hidrogênio.

É comum, quando realizar o ajuste da alcalinidade, que o pH se altere primeiro. Por isso, é fundamental tratar a piscina em etapas, pois o pH sempre vai ter os seus valores modificados antes de qualquer outro.

Quando você reduzir a alcalinidade, não se preocupe com o pH. Mesmo que a alcalinidade não baixe de imediato e o pH fique abaixo de 6,8, continue adicionando o ácido clorídrico (ou muriático) de acordo com a dose orientada na embalagem do produto até que a alcalinidade seja reduzida para 80 a 120 ppm.

Equilíbrio

Assim que a alcalinidade atingir a medida ideal, mesmo após várias adições do produto redutor, você deverá medir e corrigir o pH, que provavelmente terá baixado durante o processo. Vale destacar que, após adicionar o produto para baixar a alcalinidade total, o processo de filtração da água deve ocorrer por uma média de seis horas.

A mesma situação ocorre se utilizar o bicarbonato para subir a alcalinidade e pH. Ambos os números sobem, logo, não se preocupe ou não meça o pH quando estiver ajustando a alcalinidade, mesmo que ela não suba e que o pH fique alto (acima de 8,0, por exemplo).

Quando a alcalinidade estiver ideal, após algumas aplicações do produto elevador (bicarbonato), você deve medir e corrigir o pH. Use o Redutor de Alcalinidade e pH (ácido clorídrico ou muriático), pois o pH pode ter subido muito com a aplicação do bicarbonato (elevador de alcalinidade).

Se precisar corrigir o pH e não alterar a alcalinidade, o processo é mais fácil: basta corrigir o pH, pois ele sempre se altera primeiro. Utilize o produto redutor de pH para reduzir e a barrilha (carbonato de sódio) para aumentar.

Agora que você já sabe a importância dos níveis de alcalinidade e pH é hora de checar se a sua piscina está com estes níveis em ordem, não é mesmo? Para garantir a segurança neste processo, você pode contar com empresas especializadas no tratamento da água de piscinas.

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